PREVIDÊNCIA PRIVADA

É um bom investimento?

A maioria das pessoas faz esse questionamento.

De modo geral, se tratando exclusivamente de rentabilidade um fundo de previdência dificilmente seria a melhor opção. Hoje existem várias outras formas de fazer seu dinheiro render. Pode ser com Renda Fixa, no caso dos mais conservadores, a exemplo: títulos públicos e CDBs. Ou com Renda Variável: Ações, no qual seu dinheiro pode ter uma lucratividade exponencial, ou um prejuízo irreparável, cabe ao investidores arrojados.

Porém o mais prudente seria fazer outra pergunta: Qual o meu objetivo com esse investimento?

Caso você esteja não só preocupado com a rentabilidade, mas também com sua aposentadoria, a previdência privada é uma excelente escolha, pois ela irá complementar a Previdência Social (INSS).

De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano a expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos. E você já parou para pensar, se após aposentar-se pela Previdência Social, com o tempo de vida que ainda terá, vai conseguir ter o mesmo padrão de vida de hoje?

É pensando nisso, que vale muito a pena iniciar uma previdência privada o mais cedo possível.

Felizmente há diversas opções de Previdência Privada ou complementar disponibilizadas no mercado financeiro, entretanto é importante analisar a mais adequada para cada pessoa.

Neste artigo vamos explanar algumas orientações para que você possa escolher a Previdência Privada que melhor se encaixa ao seu perfil.

Para facilitar a sua escolha, verifique esse Passo a Passo:

1º Passo: Escolha um banco de investimentos, hoje tem vários disponíveis no mercado.

2º Passo: Solicite quais as opções de fundos de previdência.

3º Passo: Analise a distribuição de papeis adequados ao seu perfil e idade, recomendável uma carteira com uma distribuição de investimentos de curto médio e longo prazo, peça a “lâmina” de cada fundo a ser considerado, pois também em fundos de previdência privada há aqueles para perfil arrojado.

Escolha um plano que esteja adequado ao seu perfil de investidor: conservador, moderado ou arrojado.

Importante também considerar sua idade atual e montar uma carteira com prazo mais adequado ao tempo que você tem para construir o patrimônio.

4º Passo: Escolher o tipo:

PGBL ou VGBL?

PGBL: É indicado para quem faz declaração de imposto de renda usando modelo completo. Nesse tipo de previdência, é possível abater das contribuições realizadas no ano, até 12% da renda bruta.

Em contrapartida, quando for resgatar os recursos do plano de previdência, terá que pagar IR sobre o total bruto do resgate, ou seja, capital + rendimentos.

VGBL: Indicado para quem opta por declarar o imposto de renda de forma simplificada. Ou para o investidor que declara o IR de forma completa e pretende aportar mais que 12% de sua renda em previdência privada, pois esse valor excedente não seria abatido do IR no PGBL.

A vantagem no VGBL é que quando for resgatar o IR incide sobre o rendimento, apenas.

5º Passo:  Escolher a tributação:

Tabela Progressiva:  As alíquotas do IR aumentam de acordo com a renda total obtida. Quem opta por esta modalidade há chance de ser isento ou ainda ter que pagar até 27,5% do valor. O padrão é que seja retido na fonte uma alíquota fixa de 15%, caso seu rendimento bruto esteja em faixas inferiores a 15% haverá a restituição na Declaração de IR e caso esteja nas faixas maiores, a diferença do imposto deverá ser paga.

Tabela Regressiva: Esta é interessante para quem almeja deixar seu dinheiro aplicado por mais de 10 anos. No qual após esse período o valor de IR a pagar é de 10%.

6º Passo: Forma de resgate.

Verifique também as opções disponíveis para resgate, que podem ser como renda vitalícia, renda por prazo certo, renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido, renda mensal reversível ao beneficiário indicado, ou renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos filhos menores.

No mais, a previdência privada é uma forma de poupar consistentemente e também pode servir para um planejamento tributário pessoal.

O importante é que você aplique uma pequena fatia do seus rendimentos mensalmente o mais cedo possível, isso reduzirá o valor da cota mensal a ser comprometida na formação do fundo.Você pode optar por pagar via boletos ou débito em conta, torne isso uma rotina, como qualquer conta que você paga, você abre mão de um gasto no momento para garantir um futuro mais tranquilo e seguro.

Boas escolhas!

Bruna Heloisa da Cruz Faes

Especialista em Controladoria e Finanças

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/pandemia-reduz-expectativa-de-vida-no-brasil-em-44-anos-diz-especialista/

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